Cobrança de Metas: Como Evitar que Isso Vire um Processo Trabalhista Contra Sua Empresa
- Gennifher Pistillo
- 7 de abr.
- 2 min de leitura
Você, empresário, sabe o quanto é desafiador manter uma equipe engajada, produtiva e alinhada às metas. Mas... e se, no meio dessa cobrança por resultados, sua empresa estiver cruzando a linha do aceitável — sem perceber?

Um banco em Juiz de Fora aprendeu essa lição da pior forma: foi condenado a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais a uma funcionária que sofreu discriminação durante a gravidez e cobrança abusiva de metas.
E isso pode acontecer em qualquer empresa, de qualquer porte, em qualquer segmento.
O que o caso ensina?
A colaboradora, supervisora administrativa, estava grávida e relatou ter sido constantemente pressionada por seu gerente com cobranças agressivas de metas. Além disso, ouviu comentários discriminatórios sobre sua gestação. Resultado? Desenvolveu ansiedade generalizada e levou o caso à Justiça.
O TRT-MG não só reconheceu o dano moral, como destacou que a postura do gestor violou princípios básicos como a dignidade da pessoa humana e o respeito no ambiente corporativo.
Essa decisão traz um alerta importante para quem lidera equipes: não basta cobrar resultados — é preciso saber como cobrar.
O risco invisível: metas mal geridas e gestores despreparados
Metas são essenciais, claro. Mas quando são irreais, mal comunicadas ou cobradas com agressividade, podem gerar um ambiente tóxico. E mais: quando isso acontece com colaboradoras em situações protegidas pela legislação, como gestantes, o risco jurídico é ainda maior.
Infelizmente, muitas empresas não têm protocolos claros sobre como tratar situações delicadas — e acabam respondendo judicialmente por falhas de gestão.
5 Ações estratégicas para evitar esse tipo de passivo trabalhista
Esse tipo de processo não nasce do nada. Ele costuma surgir quando há falta de preparo, de política interna e de canais seguros de diálogo. Aqui vão ações que implemento com clientes para prevenir litígios e fortalecer a cultura organizacional:
Tenha uma política clara e formal contra discriminação e assédio – e treine a liderança para aplicá-la com consistência.
Construa metas realistas, com base em dados e contexto, e não apenas no desejo da diretoria.
Treine seus gestores para liderar com respeito e empatia, especialmente em situações de maior vulnerabilidade (gravidez, afastamentos, etc.).
Crie canais de denúncia anônimos e seguros. Colaboradores precisam confiar que podem falar — sem medo de retaliação.
Audite suas práticas internas de cobrança e performance. Muitas vezes, o problema não está na meta em si, mas na forma como ela é cobrada.
Prevenir processos trabalhistas é mais barato (e inteligente) que responder por eles
Litígios desse tipo afetam a reputação da empresa, desestabilizam a equipe e consomem tempo, energia e dinheiro. Uma gestão de pessoas inteligente não ignora o fator humano — ela o incorpora como parte da estratégia de resultados.
A boa notícia é que dá pra crescer sem abrir mão do respeito e da legalidade. Com políticas claras, liderança preparada e suporte jurídico, a sua empresa pode blindar-se contra esses riscos e ainda melhorar o clima organizacional.
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