Assédio no Ambiente de Trabalho: O Que Essa Decisão do TRT-MG Ensina aos Empresários que Buscam Segurança Jurídica e Reputacional
- Gennifher Pistillo
- 24 de mar.
- 2 min de leitura
Quando o dano vai além da indenização – e atinge a imagem da sua empresa.

Imagine investir anos na construção da reputação da sua empresa... e ver tudo isso ameaçado por um único episódio de assédio ignorado ou mal conduzido internamente.
Foi exatamente o que ocorreu com uma rede de supermercados de Belo Horizonte, condenada recentemente pelo TRT de Minas Gerais a indenizar uma ex-funcionária vítima de assédio moral e sexual por parte de um gerente.
A decisão, além de justa, traz um recado claro ao empresariado: a omissão custa caro. E não só financeiramente.
O que aconteceu – e por que deve servir de alerta
A trabalhadora relatou ter sido constantemente chamada de “gostosa” e exposta a comentários inapropriados. A empresa não só falhou em coibir o comportamento do gestor, como também omitiu informações sobre um cliente que teria cometido importunação sexual contra a colaboradora.
Na sentença, o juiz foi enfático: a empresa é responsável pelos atos dos seus prepostos e deve garantir um ambiente seguro. E foi além: citou o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero (CNJ) e a Convenção 190 da OIT, reforçando a obrigação do empregador em agir preventivamente.
O custo da omissão vai muito além da indenização
O valor da condenação é apenas a ponta do iceberg. O verdadeiro prejuízo está:
na perda de talentos;
na fragilidade da cultura interna;
no abalo da imagem institucional;
e, claro, no aumento do passivo trabalhista.
Você já parou para pensar qual é o grau de segurança emocional que seus colaboradores sentem no dia a dia?
A resposta jurídica está na prevenção estratégica
Empresas que não têm uma política clara de combate ao assédio estão não só expostas juridicamente, como também fragilizadas internamente. A solução está em tratar o tema como um ponto de gestão estratégica, e não apenas como uma exigência legal.
Veja o que deve estar no radar de quem lidera:
Política de Prevenção ao Assédio: redigida com clareza, ampla divulgação e real aplicabilidade.
Treinamentos periódicos: para líderes e equipes, com foco em respeito, ética e responsabilidade.
Canal de denúncia efetivo: sigiloso, acessível e com protocolos bem definidos.
Ação imediata diante de qualquer relato: com apuração imparcial e medidas corretivas.
Revisão contínua de práticas internas: alinhando-se à legislação e às boas práticas de governança.
Segurança jurídica também é gestão de pessoas
Mais do que evitar litígios, a advocacia preventiva trabalhista fortalece a cultura organizacional e valoriza a marca empregadora. Quando o jurídico anda junto com a gestão, a empresa cresce de forma sólida e sustentável.
Sua empresa está realmente preparada para lidar com casos de assédio ou ainda conta com a sorte?
Se você é empresário ou gestor e quer transformar a cultura de compliance da sua empresa em uma fortaleza contra riscos trabalhistas, converse com um advogado especializado em prevenção trabalhista.
A mudança começa agora — antes que o problema vire manchete.
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